sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Por que... (Excerto de um monolgo)

  • Monolgo de teatro
  • (O cenário deverá constituir em seis linhas tortas e imaginarias, uma vez que estas não existirão e a lua brilhante com um pequeno smile na vertical).
  • Humberto cerca de 30 anos, com uma voz calma e poética
  • (…) Humberto – Gostava de… (pausa) pensar. Pensar que em tempos eu fora alguém, mas afinal sou mais um homem nesta terra. Só penso no imaginário. (estúpido) Sou estúpido, até a lua se ri de mim. (gesto “não”) Não tenham pena de mim. Sinto-me importante e sem saber escrever esta proposição ou mesmo oração. (ainda mais estúpido) Tento escrever o que não existe, por isso é que não escrevi apenas, … (pausa) nada. Se eu não sei quem sou verdadeiramente, como vou escrever o pensamento do de não existe? Até por que não posso amolecer os cadáveres destas mal ditas palavras mortas. Sinto-me estranho dentro destas impossíveis linhas, que com o meu não esforço fui eu que as criei (…).